quarta-feira, 23 de abril de 2008

?Identidade?


Mesmo se não for capaz de me ver...este sou eu,
para sempre.Embora não desejasse estar morto.
Mais um dos perdidos.Sem saber onde está ou
até mesmo o porque está aqui.
Realmente sou aquele sem um nome.Você não pode
ver mais sou aquele sem um coração honesto como
guia.Ele foi treinado mas infelizmente não
funciona mais. A morte é o último esforço.
Estou aqui,morto diante de seus negros olhos
tentando achar a linha da vida que perdi.
Tento respirar mas em meus pulmões só
moram aranhas. Quanto eu desejo ser como
eles mas apenas fico sentado sobre minha
sepultura esperando por uma chuva reconfortante,
estou aqui há milênios mas nunca se chega um
para trazer a mim flores negras para combinar
com meus olhos.A chuva não vem para molhar
minhas rosas.Tudo que eu desejo é sonhar
de novo. Mas fazem mais de centenas de
milênios que isso não ocorre,não da para
ver no calendário, mas o barulho do pendulo
do relógio não me deixa esquecer.
Meu coração cheio de amor e ódio perdido
na escuridão de mim mesmo, tenta encontrar
forças para voltar a bater mas tudo é em vão.
Pela esperança eu dou tudo de mim, não pela
ilusão.Tentam constantemente me fazer voltar
a vida, mas assim como eu eles não tem poder
para isso.Mesmo assim sou grato por tudo,se
pudesse até dividiria minha vida com eles
mas eu já não a tenho.Pego uma pétala de
minha rosa favorita e ponho em meu diário.
E no decorrer de minha morte minha flor vai
secando entre as páginas cinco e seis,
onde conta maldições as quais me deteriorizou
até me levar á morte.Aquelas lembranças
melancólicas, acompanham meus passos ao
longo da vida e agora na morte.Tenho todos
esses milênios, mas não sei quem sou,
não sei meu nome.
||||||||||Texto de 29 de Abril de 2007|||||||||||||||||