quarta-feira, 28 de maio de 2008
Sem título
Como eu poderia me recompor enquanto você me dissolve nesse ácido mortal que é a vida?
Deixe com que eu viva a morte independentemente do que possa acontecer. Ajude-me se for capaz. Traga de volta o sorriso que nunca existiu, exceto em meus sonhos no qual me encontro toda vez que é necessário.
Por favor, quero retroceder e apanhar cada peça, cada migalha do que se desfez talvez por um silêncio talvez por uma única palavra, talvez pelo acaso, pelo vácuo, pelo vazio.
Dê-me. Mas não o passado. Dê-me o presente, dê-me o direito á loucura.
Colabore e então saberá do que o meu silêncio falava e verá que tudo conspirava ao seu favor. Você irá gostar.
Caiu o que fazia com que alguns depunham a meu favor. O que se vê no lugar então?Será que é necessário que eu diga? Está exposto para que todos possam ver. Quem quer ver? Se quiser pode rir um pouco só não aponte seu maldito dedo para mim.
Eu que tenho devorado o que parecia indevorável deixo-me a ser devorado por mim mesmo.
O que você fez? Olhe para si e me diga que eu não posso cobri-lo. Diga-me, por favor, diga o que há de mais sincero no meu olhar. Olhe profundamente. Pegue-me pela mão e me conduza gentilmente ao lugar onde eu descobri as faces do amor e faça-me reviver cada momento como se eles não tivessem sidos consumidos e então eu o farei de outra forma se assim você se deixar ser guiado pelo principio, o broto, aquele que já nasceu, aquele que jamais enxergou o que eu agora vejo em você.
terça-feira, 27 de maio de 2008
Dark letter
Abro os olhos como o canto do corvo, o mesmo que me traz noticias de você e o que vejo na minha frente? A esperança de ver um pôr-do-sol. Uma onda de pensamentos e desejos indesejáveis toma minha mente e traz de volta os momentos menos esmagadores; aqueles do qual tenho saudades, aqueles que trazem o doce sabor de sangue para minha boca, que me faz ninar e adormecer em minha doce sepultura até que o inverno chegue.
Levanto-me e começo a corrida contra o que o corvo tem me mostrado desde o seu primeiro canto, então me apresso ainda mais quando um mortal bate a minha porta, como se soubesse de meus interesses em viver ao menos mais um dia já que tenho essa esperança. Depois de colocar um pouco de verdades de dentro da ultima gaveta e colocar no bolso junto com a esperança que acumulei durante a semana, saio de casa esquecido do que me esmagou antes dessa nova esperança surgir.Tenho que observar de onde estou tudo o que se passa,e até que não é tão ruim fazer um tour, de uma forma tão rápida, pela cidade dos mortais e deparar com a face de cada um e ver o quanto são capazes de fingir.Quando chego uma sensação de dejá vu toma conta do ar então desço um degrau. Acredito que se não fosse a tal da esperança teria descido no mínimo uns cinco degraus. Isso não chega a abalar as estruturas do que me faz ser como eles (essa parte suja de mim). Ali naquele momento eu não imaginava o que me aguardaria. Minha máscara ia cair mais cedo ou mais tarde. Vou então para o lugar onde mais sinto cheiro de sangue. Lá existem muitos mortais. Eles passam, desfilam, correm e vestem outra fantasia por cima da sua própia. Despem-se, vestem.
O corvo sempre comigo me trazendo a má noticia ao passo que vejo que o dia esta acabando e que não chegarei a ver o pôr-do-sol. Tento fazer com que o corvo avise que preciso dessa energia para eu poder segurar essa máscara, mas pelo visto nada deu certo novamente. Um espinho crava em meus olhos volto cego e como se não bastasse sem máscara. Tento me recompor, mas os espinhos se multiplicam e acabo ferindo alguém sem querer. Depois, ainda tentando me recompor, sento e pego uma folha da arvore de inverno e com as gotas de sangue que agora caem dos meus olhos escrevo essa carta.
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Sem título
Quando vc quer estar no seu mundo mas ñão consegue.Quando quer estar consigo mesmo e não tem como. Quando quer deixar de existir e simpesmente se ver vivo.Quando sonha em não acordar e acorda com um pesadelo.Quando está louco para se dissolver e se encontra compondo se numa pessoa que vc simplesmente odiaria ser.È difícil ter que acordar e encarar tudo novamente,vez após vez, dia após dia.Isso vai se tornando mais que rotineiro e vc já não tem mais nada a fazer porque se sente sufocado pelo mundo,pelas pessoas á sua volta.O pior é que nada preenche o que está faltando. Tudo o que vc faz é em vão.Isso é desesperador,vc então coloca as mãos sobre a cabeça e balança para os lados como que não acreditando no que está diante de ti, como que não acreditando no que te cerca, no que se repete.Mas ao morder os lábios fortemente vc sente uma dor e passa a ver que aquilo é mera realidade. O sentimento de inutilidade é um dos piores.Vc de repente se encontra em uma situação que vc juraria não existir, que vc juraria nunca passar por ela.Em seguida fecha os olhos e mesmo de olhos fechados consegue ver o medo de encarar os outros. Parece não haver mais solução, parece não haver mais saída então vc fecha os olhos e dorme na esperança de não mais acordar.
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